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sexta-feira, 16 de julho de 2010

Subterfúgio.

Fios de sangue jorravam como fitas de cetim avermelhadas sendo arremessadas... Sentia em mim a dor armazenada naquele inocente olhar singelo. A pulsação tão acelerada que era fácil de ouvi-la, gradativamente transformou-se em apenas um sopro no vento. Braços esticados pediam ajuda imploravam por socorro numa multidão de deserto. Uma brisa calada que deveria trazer a sensação de alívio, trazia consigo o mau odor e o anúncio do fim. Corpos desfalecidos boiavam em rios vermelhos e davam seu último suspiro, cortando a fina linha da vida que ainda restava.

Com os olhos bem abertos, me encontrei num mundo novo, tingido por cores escuras e cerejas trituradas. Os braços até então esticados, despencaram sem pudor e eu permaneci estática tentando me acostumar à idéia de viver em um mundo sem esperanças, sonhos, cor, luz. Carros destruídos, casas destruídas, chamas flamejantes inapagáveis e intensas.

Nada a fazer, nada a procurar, nada a ser. No final de tudo, tudo chega ao final. É o fim.
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Esse eu escrevi em uma quinta-feira qualquer do ano de 2009, entre 8:40h e 9:50h. Lembro bem o horário porque me esforcei bastante para escrevê-lo antes que a aula de Literatura começasse; assim, eu poderia mostrá-lo ao professor, rs.
Adoro música épica, mas elas costumam me lembrar cenas de guerra, dor e luta (talvez por causa dos grandes sucessos cinematográficos “Senhor dos Anéis”, “Harry Potter”, “Piratas do Caribe” entre outros, rs). No dia, eu estava ouvindo músicas do tipo e fiquei inspirada.
Quero dedicá-lo ao meu amigo Jonathan, fiel escudeiro de minha saga como desconhecida, e padrinho deste. Te devo uma foto autografada, rs.
Obrigada pela sua amizade, mesmo que virtual!

2 comentários:

  1. Fico muito grato pelas palavras *-*
    Eu que tenho a agradecer pela sua amizade, apesar de ser virtual (pois quase nunca nos vemos) já é essencial pra mim.
    Sabe que adoro você neh?
    por isso sempre estarei aqui pra dar força e ajudar da melhor forma possivel. Minha Poeta Favorita sz

    ass: Jonathan

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  2. OLÁ PAULA.

    ESTE É O TÍTULO E UM TRECHO DA CRÔNICA DO MEU BLOG DESTA SEMANA: HUMOR EM TEXTO!

    “FILHOS DA MESMA MÃE?

    Quem já não ouviu as mães em conversas de intimidade, dizerem que seus filhos são inteiramente, diferentes uns dos outros?”.

    Venha visitá-lo e deixe também seu comentário.

    Ficarei muito honrado!

    Um abração carioca.

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