Sexta-feira 13.

Postagem especial. Homenagem ao dia de hoje.
Encontrei este texto por aí, fiz umas adaptações e voilá.
Aproveitem e comentem, rs.
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Sexta-feira, 13

Eu tinha acabado de acordar, era uma manhã como outra qualquer. Mas assim que cheguei ao banheiro, para as limpezas matinais, dei de cara com o sobrenatural; no espelho estava escrito, em letras grandes e escarlates: "É HOJE".

“Meu Deus!” - eu pensei. – “É hoje o quê? O dia de minha morte? E eu nem tenho um epitáfio ainda! Não vai dar tempo de me despedir de todas as pessoas que eu conheço – e olha que eu conheço muitas. E os filhos que eu não tive? O marido que não encontrei? O Vasco que não vi ganhar título importante?” Etc.,etc.,etc.

Então comecei a relembrar toda minha vida. Fiquei realmente atordoada. Saí de casa para o trabalho prestando atenção em cada pessoa e em cada canto escuro, porque, afinal, "é hoje". A qualquer momento poderia acontecer alguma coisa.

Foi um dia difícil. Mas lá pelas tantas eu pensei: "E se hoje for, na verdade, o meu dia de sorte? O dia que vai transformar minha vida normal numa existência brilhante? Talvez seja esse o recado do espelho". Resolvi jogar no bicho. Apostei no peru. Fiquei sabendo semanas depois que tinha dado borboleta - o extremo oposto. E também não custava nada deixar escrito no subnick do MSN: "É hoje".

Mas o dia já estava terminando e nada de surpreendente tinha acontecido. Emoção reservada para as últimas horas, eu já deveria saber. Na volta para casa fui a pé, para respirar melhor o ar da noite. Houvesse o que eu houvesse, eu precisava estar preparada.

Sentei na cama e esperei o destino se revelar diante de mim. Longas horas. No fundo eu esperava que caísse um raio na cozinha ou que alguém rompesse a porta e entrasse no apartamento trazendo a boa nova. Sabe-se lá os métodos de que se vale o sobrenatural. Deu a meia-noite. E nada do grande fato aparecer.

Sábado, 14

Quando acordei, fui para o banheiro. No mesmo espelho e com as mesmas letras escarlates da véspera, agora aparecia escrito, para meu completo desespero:

"FOI ONTEM".